sexta-feira, 9 de maio de 2008

Homem barricado em tribunal

Houve uma notícia ontem que me deixou atarantado. Seguia eu na minha lufa-lufa normal, quando oiço na rádio que havia, naquele preciso momento, um homem barricado no tribunal de Vila Nova de Gaia, ou melhor na domus iustitiae (traduzindo para português real, sem acordos ordinográficos, casa das injustiças).
Fiquei intrigado!
Ora então, parece que o senhor, que tinha estado numa audiência no dia anterior, se dirigiu àquela nobre casa de ainda mais nobre valores, para confrontar a senhora doutora reverendíssima meretíssima honrabilíssima juíza com a decisão que esta proferira na tarde anterior. Até aqui, tudo normal... tendo em conta que estamos na Tuga. Mas, o senhor, que não gostará por ventura de andar só e saberá melhor que ninguém que um tribunal é um sítio perigoso, fez-se acompanhar por uma arma de calibre indeterminado.
Parece que ameçou, não sei de quê, mas ameaçou, uma funcionária e também a reverendíssima.
Posto isto... o que pensou a minha pessoa? Mas porque raio é que o homem tomou aquela atitude. Aquele acto extremo que não vai mudar em nada, a não ser piorar a sua já difícil situação?
Qual não é o meu espanto, quando, mais tarde, no conforto do lar, descubro que a indignação de toda a classe mediática, de toda a classe jurídica e de grande parte dos tugueses e das tuguesas era para com o facto do senhor ter conseguido entrar com aquela companhia no tribunal!!
E então pergunto, no meu jeito ainda estremunhado, não seria mais importante sabermos o porquê primeiro? Não seria mais importante descobrir o que levou àquela situação?

Talvez não... acho que isso já todos os tugueses sabem... afinal de contas sempre são e sempre serão as casas da injustiça.

Mais forte seria se el'rei cá não viera...

2 comentários:

Ana disse...

Ena! Gosto deste teu novo incurso na blogosfera!!

Penso o mesmo que tu: ninguém quis saber do porquê de um homem se ter barricado no tribunal e apontado uma má companhia a uma juíza...

Matchbox32 disse...

Interessa é as armas! Lá se tinha razão ou não, isso já não importa!
Se tivesse havido mortos, aí sim, tinha sido um dia em grande para os jornalistas! Assim, têm que se ficar pela arma...